Visitas Técnicas
Informações sobre Visitas Técnicas
No dia 17 de Maio irão decorrer as seguintes Visitas Técnicas:
· Ferrovia Évora – Elvas
Visita técnica no âmbito do 18o Congresso Nacional de Geotecnia
17 de maio de 2023
Coordenadora da Visita Técnica: Paula Faria - pagf@uevora.pt
Construção da Nova Ligação Ferroviária Évora – Linha do Leste
Principais desafios geológicos e geotécnicos Enquadramento Geológico
O traçado em análise desenvolve-se segundo uma orientação genérica WSW- ENE, próxima das localidades de Alandroal e Elvas, enquadra-se em termos geoestruturais na denominada Zona de Ossa-Morena. Esta é uma zona heterogénea (subdividida em diversos setores) que compreende áreas com metamorfismo de alto grau constituídas por rochas de idade précâmbrica e paleozóica e granitóides hercínicos.
As linhas de água desenvolvem-se em vales simétricos e apresentam espessuras e larguras bastante variáveis de vale para vale dando origem a distintos depósitos aluvionares.
De um modo geral, a morfologia alentejana caracteriza-se por uma continuidade de plataformas aplanadas pela erosão em que sobressaem relevos residuais com direção preferencial NW-SE e pontualmente Norte-Sul. No traçado em estudo, é possível diferenciar em perfil longitudinal duas subáreas de morfologia um pouco distintas.
Foi estabelecido um Plano de Prospeção Geológica e Geotécnica, que teve em consideração a natureza e dimensão da obra, a existência de trabalhos de investigação realizados em fases anteriores, as características geológicas dos terrenos interessados e o prazo de execução do estudo. Foi realizada uma campanha de trabalhos de prospeção complementar, que incidiu essencialmente no reconhecimento das zonas das passagens inferiores, principais escavações e aterros.
PARAGENS TÉCNICAS
Desmonte Pk 168+000
Maior desmonte da obra, com cerca de 1 milhão de m3, onde se observam xistos de tonalidades acinzentadas a acastanhadas, apresentando-se cinzento escuro em zonas em que aparentam ter componente grafitosa mais acentuada. Os xistos apresentam intercalações quartzosas com espessuras variáveis e visíveis a grande distância.
The International South Corridor is a strategic project for the development of national economic competitiveness. It connects the southern region of the Lisbon Metropolitan Area and the Alentejo Atlantic Coast to the border with Spain. The new Évora Line, between Évora and Elvas is extremely important for the connection of national ports and railway network to Spain enhancing export capacity.
Ferrovia 2020 - International South Corridor - Évora Line - YouTube
https://www.youtube.com/watch?v=4IoSLmlrCMA
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· Porto de Sines – Obras de ampliação do molhe Leste
Visita técnica no âmbito do 18o Congresso Nacional de Geotecnia
17 de maio de 2023
Porto de Sines – Obras de ampliação do molhe Leste
Coordenadora da Visita Técnica: Isabel Duarte - iduarte@uevora.pt
Introdução
O Porto de Sines é um porto de águas profundas, líder nacional na quantidade de mercadorias movimentadas e apresenta condições naturais ímpares na costa portuguesa para acolher todos os tipos de navios. Dotado de modernos terminais especializados, pode movimentar os diferentes tipos de mercadorias, está aberto ao mar e conta com excelentes acessibilidades marítimas sem constrangimentos.
É o principal porto na fachada ibero-atlântica, cujas características geo-físicas têm contribuído para a sua consolidação como ativo estratégico nacional, sendo, por um lado, a principal porta de abastecimento energético do país (petróleo, derivadose gás natural) e, por outro, posiciona-se já como um importante porto de carga geral/contentorizada com elevado potencial de crescimento para ser uma referência ibérica, europeia e mundial.
Com uma construção recente (1978), dispõe de um ordenamento de referência, livre de pressões urbanas, assegurando capacidade de expansão a longo prazo. Conta ainda com acessibilidades terrestres adequadas para o tráfego atual e com um plano de evolução rodo-ferroviário, que permitirá dar resposta às projeções futuras de crescimento do porto e da sua área de influência.
O Porto de Sines e a sua Zona Industrial e Logística de retaguarda, com mais de 2.000 ha, são já uma plataforma logística de âmbito internacional com capacidade para receber os grandes atores dos setores marítimo-portuário, industrial e logístico. rtos nacionais e o porto português q
O Porto de Sines é líder nacional no total de carga movimentada nos portos nacionais e o porto português que mais contentores movimenta.
Com equipamentos de última geração e recursos humanos altamente qualificados, o Porto de Sines apresenta elevados índices de produtividade.
O Porto de Sines é fundamental no abastecimento energético do país com a receção de crude e gás natural.
Com ligações diretas aos principais mercados de produção e consumo mundiais, o Porto de Sines oferece às empresas localizadas no seu hinterland uma maior competitividade nos mercados externos.
Clique aqui para ver o site do Porto de Sines.
Obra da 3a Fase de Expansão do Molhe Leste do Porto de Sines
Obra do molhe
Características da obra:
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· Mina de Neves-Corvo – Barragem de rejeitados
Visita técnica no âmbito do 18º Congresso Nacional de Geotecnia
17 de maio de 2023
Coordenador da Visita Técnica: Ruben Martins - rubenvm@uevora.pt
Mina de Neves – Corvo
A Mina de Neves-Corvo desde 2006 é propriedade da Lundin Mining, resultante da fusão com a Empresa Eurozinc Mining. Trata-se de uma exploração substerrânea com produção maioritariamente de concentrados de cobre, zinco e chumbo.
Localiza-se no Alentejo, Sul de Portugal, sendo a vila de Castro Verde o maior agregado populacional mais próximo, distando cerca de 15 km. A capital, Lisboa encontra-se aproximadamente 220 km de distância.
Breve Resenha Histórica
1977 – Descoberta de um jazigo de sulfuretos, com concentrações notáveis de metais básicos, especialmente Cu, Sn e Zn.
1980 - Na sequência da descoberta, foi constituída a 24 de Julho, a Somincor – Sociedade Mineira de Neves Corvo, S.A.
1988 – Início da exploração.
1989 – As minas exportaram concentrados de Cu no valor de 165 M€.
2004 – A mina é vendida à Eurozinc (Canadá) e à Lundin Mining (Suécia) (principal accionista).
2006 – A Lundin Mining passa a deter 100% da mina.
2008 – Produção de Mina – 2,4 Mt Cu e 407 mil t Zn. A produção de lavaria (comercial) - 103 000 t de Cu metal e 29 000 t Zn metal.
2009 – Reservas estimadas em ± 24 Mt de Cu a 4% e 99 Mt de Zn a 6%, proveniente maioritariamente do Lombador.
2011 – Expansão da exploração para a produção de Zn, Pb e Ag, com um investimento de 80 M€. Descoberta da massa de Semblana. O jazigo do Lombador contém ainda 130 000 t de Zn, 20 000 t de Pb e 300 000 onças de Ag.
2012 – Produção de 60 000 t de Cu e 30 000 t de Zn.
2017 – Aprovado o Projeto de Expansão do Zinco (ZEP), cujo objetivo é aumentar a extração de zinco e a capacidade de processamento para 2.5 milhões de toneladas por ano, gerando uma média de 150 000 toneladas por ano de concentrado de zinco em 10 anos.
2022 – Expansão da barragem de rejeitados do Cerro do Lobo.
Produção de 3 306 t de Pb e 1 383 t de Ag.
2023 – Previsto o aumento de produção de Zn até 2025. Para 2023 prevê-se uma produção entre 100 000 a 110 000 t, chegando a 2025 com uma produção entre 140 000 a 150 000 t.
A produção de Cu deverá ser entre 33 000 t e 38 000 t devendo ser incrementado nos dois anos seguintes para35 000 t / ano a 40 000 t / ano.
Tempo de vida estimada 2032.
Infraestruturas
- Mais de 200 km de galerias abertas em contínuo e 40 km de estruturas verticais; - Poço vertical de extração com 5 m de diâmetro e 600 m de profundidade;
- Rampa de serviço (rampa de Castro) com 3000 m de extensão; até ao fundo, na massa do Lombador perfaz 8 km;
- Três instalações de britagem subterrânea (cotas 700, 550 e 260);
- Oficinas de fundo (cotas 810, 700, 590, 550 e 380);
- Instalações de ventilação (Entrada – CPV1, CPV3, CPV6, CPV12, CPV14, CPV15, CPV18 e CPV20 CPV22; Exaustão – CPV2, CPV4, CPV5, CPV8, CPV11, CPV17 (900 KW é a mais potente) e CPV19);
- Instalações de bombagem (Cotas 700 e 550);
- Central de enchimento;
- Terminal ferroviário;
- Oficinas centrais, armazéns, laboratórios, unidade de primeiros socorros, instalações sociais, escritórios de serviços administrativos, etc.;
- Abastecimento de eletricidade – ligação à rede nacional de 150 KVA;
- Abastecimento de água – ligação de uma conduta de 40 km à Barragem de Santa Clara (Ourique).
Sistema de cotas da Mina
O sistema de cotas adoptado pela mina tem em vista o objetivo para que nunca se atinja cota negativas. Assim, o nível do mar tem a cota 1000, a superfície tem a cota 1200. Todas as cotas referidas na localização das infraestruturas têm em conta este sistema.
Localização das Massas Mineralizadas
Os depósitos minerais de Neves-Corvo situam-se na parte superior de uma sequência do CVS, dominantemente vulcânica e com rochas sedimentares clásticas de grão fino e rochas vulcânicas máficas e félsicas.
A topo da mineralização e até à superfície repetem-se as unidades vulcano-sedimentares e o flysch (xistos e grauvaques).
Estruturalmente é um anticlinal com dobramento suave orientado NW-SE, com eixo inclinado para SE.
É constituído por seis massas lenticulares (Fig. 1) de sulfuretos maciços polimetálicos, ricas em Cu , Zn, Ag, Pb, Au e Sn.
Fig. 1 – Representação esquemática das massas mineralizadas da Mina de Neves-Corvo. Fonte:https://www.ordemengenheiros.pt/fotos/dossier_artigo/20170621_guidosbrancia_ 16479210945968e2d976c9d.pdf
Lavaria do Cobre
O minério que sai da mina é processado em duas lavarias:
- Lavaria do Cobre processa aproximadamente 2.6 Mt / ano de minério de cobre.
Foi inaugurada em 1988 e possui um circuito de moagem e flotação convencionais.
- Lavaria do Zinco processa minério de zinco ou chumbo e tem capacidade de
tratar 1.1 Mt / ano. Com o projeto de expansão concluído irá passar para 2.5 Mt / ano.
A lavaria do cobre arrancou em 1988, processa aproximadamente por ano 2.6 Mt / ano de minério de cobre e possui um circuito de moagem e flotação convencionais.
Plano para 2023:
2,7 Mt de minério Cu tratado com 1,80% Cu;
Produção de 37,6 kt Cu metal.
Segue-se um conjunto de imagens (Fig. 2) que representam o circuito de processamento do cobre.
Fig. 2 – Circuito de processamento na lavaria do Cu. Fonte: Documento pedagógico da Unidade Curricular de Tecnologia Mineira.
Barragem do Cerro do Lobo
A barragem do Cerro do Lobo (Fig. 3) em enrocamento com perfil zonado é destinada à deposição de rejeitados vindos das lavarias, resultante do normal processo de refinação e concentração do minério de cobre e zinco.
Aquando da sua criação foram construídos fortes taludes laterais na parte exterior. No interior, são depositados sobre a forma de diques, onde os muros são feitos com material proveniente das escombreiras e a calda de rejeitados são bombeados desde as lavarias para o interior dos mesmos - este processo repete-se até que a capacidade da barragem seja atingida. A barragem tem permitido aumentar o tempo de vida da mina, pois a escombreira já por várias vezes atingiu a cota máxima (Neto, M., 2013).
Principais características (https://www.tpf.pt/obra.php?s=312&p=1699):
Corpo principal com cerca de 1.000m de comprimento e 40m de altura máxima;
3 diques de portela com altura máxima inferior a 20m;
Comprimento total da barragem: 3.300m;
Órgão de estanqueidade constituído por uma geomembrana em PEAD.
No âmbito da terceira fase das obras de alteamento da barragem, da cota 252 para a cota 255,foram utilizados os seguintes materiais:
386.000m3 de enrocamento de pedreira;
22.000m2 de geomembrana;
2.500m3 de betão.
A barragem foi desde início concebida para ser executada em várias fases, tendo ficado concluída em Outubro de 2005 a 4ª Fase de construção com o coroamento à cota 255 (Toscano, M., 2009).
Fases de construção da Barragem (Toscano, M., 2009)
Fig. 3 – Barragem do Cerro do Lobo. Fonte: TPF Construtores.
Ambiente
Aconselha-se a consulta do site “Uma Mina de Biodiversidade” onde se pode inteirar dos valores naturais da região de Neves Corvo e da relação entre a atividade mineira e a biodiversidade que ocorre na região (https://www.biodiversidade- somincor.pt/web/index.php/pt/introducao).
Bibliografia e Infografia
- Martins, R. (2023) – Mina da Somincor. Documento pedagógico da Unidade Curricular de Tecnologia Mineira do Mestrado de Engenharia Geológica. Universidade de Évora.
- Neto, M. (2013) – Somincor, Extração Mineira. Relatório da Unidade Curricular de Introdução à Enga Geológica, Licenciatura de Enga Geológica, Departamento de Geociências, Universidade de Évora, pp. 31.
- Toscano, M.; Romeiro, M.; Almeida, N. (2009). Alteamento da Barragem de Rejeitados de Cerro do Lobo. Minas Neves Corvo.
https://www.biodiversidade-somincor.pt/web/index.php/pt/introducao
https://somincor.com.pt/operacoes/ https://www.tpf.pt/obra.php?s=312&p=1699
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· Taludes das pedreiras da Zona dos Mármores (Borba – Estremoz – Vila-Viçosa)
Visita técnica no âmbito do 18o Congresso Nacional de Geotecnia
17 de maio de 2023
Coordenador da Visita Técnica: Luis Lopes - lopes@uevora.pt
Taludes das pedreiras da Zona dos Mármores (Borba – Estremoz – Vila-Viçosa)
A exploração de mármores no Anticlinal de Estremoz remonta ao Período Romano sendo ainda possível encontrar vestígios da atividade mineira in situ, muito provavelmente do Séc. I e que farão parte da visita técnica.
Na grande maioria, as explorações desenvolveram-se em poço e por degraus direitos, tendo algumas cavidades atingido profundidades superiores a 100 m, e em casos extremos, mais de 150 m. Em virtude destes valores e do estado de fracturação do maciço marmóreo e interseção destas descontinuidades naturais com os taludes de escavação, situações de risco provável de quedas de blocos e outras situações de instabilidade são suscetíveis de acontecer.
O conhecimento geológico da jazida aponta para existência de mármore comerciável até aos 430 m de profundidade detetado com sondagens com recuperação integral de testemunho). Em face destes dados, sobre o local, pretende-se discutir a viabilidade, geológica, económica e tecnológica das soluções que permitam a exploração dos mármores em profundidade, numa perspetiva de desenvolvimento sustentável e otimizado da jazida.
As visitas às pedreiras do Anticlinal de Estremoz têm como objetivo a visualização e o acompanhamento de algumas das obras de carácter geotécnico executadas no âmbito do Plano de Intervenção nas Pedreiras em Situação Crítica (PIPSC) e que haviam sido propostas por Estudos Geológico e Geotécnicos entregues no âmbito da RCM N.o 50/2019 de 5 de março, muitos deles elaborados por uma equipa de docentes e investigadores do DGEO da ECT – UÉ.
Estão previstas as visitas a um máximo de cinco explorações, algumas constantes do PIPSC, e que foram alvo de intervenção no referido plano através da execução de diversas obras geotécnicas com vista à mitigação de algumas situações de instabilidade que haviam sido verificadas nos taludes pertencentes a essas pedreiras, permitindo a descrição e discussão por parte dos académicos presentes das soluções adotadas.
Estas visitas irão ser acompanhados na íntegra por dois guias do DGEO - ECT – UÉ e pelo Responsável Técnico da Pedreira, para que este possa relatar e descrever os trabalhos realizados no âmbito do referido Plano de Intervenção, estando igualmente equipados com os respetivos Equipamentos de Proteção Individual que serão cedidos pela Universidade de Évora (capacete, colete), o calçado apropriado ficará a cargo de cada participante.
Imagens dos locais a visitar:
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· Plataforma Logística Lisboa Norte, Lote 1 – Fundações e Tratamento de Solos
Visita técnica no âmbito do 18o Congresso Nacional de Geotecnia
17 de maio de 2023
Coordenador da Visita Técnica: Alexandre Pinto - apinto@jetsj.com
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Visita Técnica à PLLN – Carregado. PPLN – Lote1: trata-se de um edifício industrial de grande dimensão, cerca de 10 hectares, localizado na margem direita da bacia aluvionar do Rio Tejo, situação que determinou o recurso a uma solução de estacas cravadas em betão armado, para a fundação dos elementos estruturais, e de inclusões rígidas em betão simples sob plataforma de transferência de carga (aterro reforçado com geogrelhas), para a fundação do pavimento interior.
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Horário da visita: 10:00-12:00
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No pessoas: 50
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